junho de 2017
Espinho, a cidade das palmeiras, é a minha casa desde que nasci. Hoje, são escassas as palmeiras e já não reconheço o lugar. Mas porque eu mudei e porque a minha visão sobre as coisas mudou e porque afinal o mundo não é a imagem postal que teimei em construir enquanto crescia. E porque segui por caminhos que me foram, aos poucos, afastando de Espinho. Vou andando para outros lugares, conformada com a mudança que é inevitável, carregada de recordações e com o peso do mar comigo - esse nunca mo podem tirar. Nunca me despeço completamente.
Isto não é um retrato de Espinho. É um retrato da cidade como eu a sinto.